Tipos de eventos no GeoLogic: As melhores técnicas de modelagem geológica no MinePlan.
Você sabia que o GeoLogic possui diversos tipos de eventos predefinidos para auxiliar no processo de modelagem geológica implícita? Nas Dicas & Truques de hoje, falaremos sobre cada um deles.
Ao abrir o GeoLogic, imediatamente nota-se uma faixa na borda superior com diversos ícones de eventos (Figura 1). Cada um desses ícones representa um tipo de objeto a ser modelado pelo software e reúne configurações otimizadas para tal. Cabe ao usuário escolher a ferramenta que melhor representa o objeto desejado a ser modelado.
Figura 1: Interface do GeoLogic com destaque para os diferentes tipos de eventos.
De modo geral, é possível agrupar os eventos nas seguintes classes:
- Eventos com hanging wall e foot wall: estratigrafia, dique/veio e intemperismo;
- Eventos de zona: topografia, falha e discordância;
- Sólidos irregulares: intrusão e grade shell;
- Miscelânea: rocha encaixante.
Para cada evento, segue uma breve descrição.
Topography (topografia): só pode existir uma topografia por Timeline e ela sempre será o evento mais novo. Pode ser gerada a partir de dados como as coordenadas de furos de sondagem ou superfícies já existentes de levantamentos topográficos (Figura 2).
Figura 2: Evento de topografia a partir das coordenadas das bocas dos furos de sondagem.
Weathering (intemperismo): um horizonte de intemperismo sempre é gerado sobreposto a outro previamente modelado (Figura 3) e não ocupa espaço no modelo. A informação de intemperização é importante para o planejamento estrutural da mina ou mesmo para a recuperação mineral.
Figura 3: Horizonte de intemperismo (hachura) aplicado numa litologia (verde).
Intrusion (intrusão): criação de sólidos irregulares, baseado nos contatos descritos na sondagem ou litologia, descrita em amostras de mão, assinaladas por pontos no espaço da modelagem. É possível definir uma tendência à geração da intrusão, utilizando um elipsóide anisotrópico. Forma um sólido fechado, de forma complexa e contornos suaves (Figura 4).
Figura 4: Sólido gerado como intrusão.
Fault (falha): este evento cria uma superfície de falha geológica e divide a área modelada em blocos (hanging wall e foot wall). Podem ser construídas a partir de elementos CAD, como pontos e linhas. Vale destacar que, ao inserir um evento de falha em uma linha do tempo, o mesmo deve estar corretamente posicionado para que afete somente as litologias desejadas (Figura 5).
Figura 5: Plano de falha interceptando camadas na estratigrafia.
Unconformity (discordância): uma discordância geológica representa um hiato no registro geológico e normalmente são identificadas por variações abruptas nos ângulos das camadas. Na modelagem no GeoLogic, as discordâncias erodem eventos anteriores na linha do tempo.
Figura 6: Discordância modelada sobre uma intrusão.
Grade shell (cascas de teores): as grade shells são cascas tridimensionais criadas diretamente a partir dos dados de sondagem para representar faixas de teores de determinada substância (Figura 7). São muito úteis para identificar bolsões de alto e baixo teor, o que auxilia no planejamento de novas sondagens e desenvolvimento de uma mina. Este tipo de evento só interage com a topografia, podendo ser cortado por ela; enquanto os outros eventos não são afetados, uma vez que não existe relação de sobreposição entre uma litologia e uma casca de teor. Dessa forma, somente um evento de grade shell é permitido por linha do tempo.
Figura 7: Grade shells para teores altos, médios e baixos de uma substância, modelado a partir dos dados de sondagem (linhas vermelhas).
Dyke/vein (dique/veio): um evento do tipo dique ou veio é ideal para modelar corpos tabulares intrusivos (Figura 8). Com eles, é possível criar sólidos no espaço “vazio” entre outros sólidos, utilizando suas paredes como limites. No caso de famílias desses corpos, é possível utilizar a opção de “Add dyke/vein set” e modelar corpos tabulares com várias ramificações.
Figura 8: Diques e veios interceptando na estratigrafia.
Stratigraphy (estratigrafia): ideal para modelar depósitos estratiformes (Figura 9), como camadas de carvão, níquel, bauxita, etc. Selecionando o “Strata set”, é possível modelar uma sequência estratigráfica de uma só vez, utilizando parâmetros de espessura e aproveitando os limites superiores e inferiores de uma camada, naquela imediatamente acima ou abaixo dela. Há ainda os controles de onlap e erode, que determinam se uma camada sobrepõe ou erode a anterior.
Figura 9: Sequência estratigráfica modelada a partir de dados de sondagem.
Country rock (rocha encaixante): este evento aparece automaticamente na base de uma linha do tempo e serve para preencher os espaços vazios restantes dentro da caixa de modelagem.
Tendo visto todos os eventos que o GeoLogic é capaz de modelar, o usuário pode reconstruir facilmente a história geológica de um local e, a partir daí, planejar os próximos passos na exploração de recursos. Nos próximos Dicas & Truques, trataremos da ordem dos eventos na Timeline e sua influência na modelagem.
E aí, gostou dessa dica? Para mais informações sobre o GeoLogic, além de outras funcionalidades e ferramentas do MinePlan, entre em contato com nossa equipe que teremos satisfação em atendê-lo.
Até a próxima!!!
Equipe Prominas Mining