O design de pushbacks é um dos elementos mais importantes no planejamento de lavra em minas a céu aberto. Esta técnica consiste em definir fases de escavação que sejam economicamente viáveis, técnicas seguras e estrategicamente organizadas para otimizar a limpeza de recursos.
Um bom design de pushbacks permite que você avance em etapas, priorizando as áreas de maior valor e mantendo a estabilidade das operações. Ao escolher o design certo, as operações de louro ganham em eficiência, aproveitamento de minerais e controle de custos, gerando valor agregado ao projeto.
Para planejar o projeto de pushbacks, existem diferentes métodos que podem ser aplicados de acordo com o tipo de depósito e os objetivos de cada fase de lavra. Conheça a seguir os métodos Incremental e Direcional, duas abordagens amplamente utilizadas no setor.
O que são Pushbacks?
Os pushbacks desempenham um papel fundamental no projeto e na otimização de minas a céu aberto. A programação da produção é baseada no conjunto subjacente de pushbacks.
Portanto, a maneira e a abordagem usadas para selecionar, projetar e programar os pushbacks têm um impacto significativo, especialmente na lucratividade da mina.
Com base nos pushbacks podemos fazer controles operacionais de avanço de lavra, controle de produção, blendagem de materiais, alocação de equipamentos, entre outros.
Os pushbacks serão fundamentais para que os resultados finais sejam avanços de lavra o mais próximo possível do operacional. Existem metodologias diferentes para definir essas fases de lavra, cada uma adaptada às necessidades específicas do projeto.
Métodos de design de pushbacks
Para facilitar o design e planejamento dos pushbacks, duas abordagens principais são usadas: o Método Incremental e o Método Direcional. Essas metodologias oferecem estratégias de escavação distintas que ajudam a melhorar a produção e manter a consistência na execução das fases.
1. Método Incremental: Geometria e Valor Econômico
O método incremental é amplamente utilizado quando o objetivo é manter uma geometria consistente ao longo das fases, garantindo simplicidade e controle. Neste método, o planejamento ocorre por meio de parâmetros como profundidade de escavação, número de bancos, largura dos pushbacks e uma massa mínima definida em toneladas.
Essas parâmetros ajudam a estruturar uma série de fases com formato regular e previsível.
Além disso, o método incremental utiliza um sorteio de valor econômico para definir os blocos prioritários de escavação. Essa análise de valor é essencial para direcionar a abertura das fases para as áreas de maior valor econômico, otimizando o retorno financeiro da lavra.
2. Método Direcional: Controle Direcional para Lavras Mais Complexas
O método direcional segue as mesmas premissas do incremental, porém oferece uma vantagem adicional: a possibilidade de definir um azimute específico para controlar a direção do pushback.
Esse recurso é particularmente útil em projetos onde há necessidade de avançar em uma direção preferencial, seja para facilitar o acesso a diferentes zonas do depósito ou para melhorar o fluxo de operação. A flexibilidade do método direcional permite uma abordagem mais personalizada, adequada para lavras complexas e com restrições específicas de layout.
Comparação dos Métodos: Quando Usar Cada Um?
Ambos os métodos de design de pushbacks — Incremental e Direcional — têm características específicas que atendem a diferentes tipos de projetos. A escolha entre eles depende dos objetivos de produção, das condições do depósito e da complexidade operacional. Veja a comparação a seguir:
Simplicidade e Consistência
Método Incremental: Ideal para projetos que priorizam uma geometria consistente e simplificada. Indicado para operações com ciclos de produção repetitivos e menor necessidade de ajustes na direção da lavra.
Método Direcional: Oferece mais flexibilidade, especialmente útil em lavras que demandam ajustes de layout e controle de direção.
Controle Direcional
Método Incremental: Não possui controle direcional, pois sua abordagem é focada em padrões geométricos estáveis.
Método Direcional: Permite o ajuste do azimute para direcionar as fases, ideal para depósitos que exigem avanços direcionais ou precisam respeitar restrições específicas de layout.
Aproveitamento Econômico
Ambos os métodos permitem a seleção de blocos de maior valor econômico. No Incremental, o foco é dado à geometria constante; já no Direcional, essa seleção ocorre considerando a direção ideal para extração.
Aplicação em Projetos Longos ou Complexos
Método Incremental: Recomendado para operações menos complexas e que podem seguir um padrão de faseamento direto, sem a necessidade de direções variáveis.
Método Direcional: Mais indicado para lavras de longa duração e com múltiplas zonas de valor, onde o controle de direção pode otimizar o layout da mina ao longo do tempo.
Esses pontos auxiliam na escolha do método mais adequado, garantindo que o design das fases de lavra se alinhe aos objetivos de produção e valor do projeto.
Ferramentas para Design de Pushbacks
Na prática, a execução dessas metodologias de design de pushbacks requer ferramentas avançadas que facilitam tanto a definição das parâmetros quanto a visualização e a exportação dos resultados.
Softwares de planejamento de lavra que suportam métodos incrementais e direcionados ao usuário em um ambiente integrado, com dados de fases facilmente visualizados e exportáveis para plataformas 3D, ou que otimizam o processo de tomada de decisão.
Conheça o MinePlan Project Evaluator (MPPE)
Para empresas que buscam um software robusto que simplifique e otimize o design de pushbacks, o MinePlan Project Evaluator (MPPE) oferece as funcionalidades incrementais e direcionais descritas, com integração direta ao MinePlan 3D para visualização dos resultados.
No MPPE, cada fase de lavra pode ser planejada com precisão, e os pushbacks gerados são facilmente exportados e analisados. O software também gera relatórios detalhados com dados essenciais para avaliar cada fase de lavra e maximizar o valor econômico do projeto. A Figura 01 destaca onde é definido o método a ser utilizado e as outras funções para definição das características das fases.
Figura 1: Tarefa Pushback – Método de Design
Os pushbacks gerados são listados na aba Shells do Evaluator e podem ser visualizados e exportados diretamente para o MinePlan 3D. A Figura 02 ilustra uma seção exemplificando esta integração.
Figura 2: Pushbacks vistos em seção através do MinePlan 3D.
Para acessar os resultados e exportar os valores obtidos, basta clicar com o botão direito na tarefa dos pushbacks e ir em Results. Serão gerados gráficos e tabelas com todas as informações de cada uma das fases. A Figura 03 exemplifica os relatórios gerados pelo Evaluator.
Figura 3: Resultados gerados pelo MPPE.
E aí, gostou dessa dica? Para mais informações sobre o MinePlan Project Evaluator, além de outras funcionalidades e ferramentas do MinePlan, entre em contato com nossa equipe que teremos satisfação em atendê-lo.